Contra repressão em Bauru! Chamado para o Ato!
Sendo assim no dia 23.06.2010 chamamos os estudantes para se manifestarem através de um evento intitulado "Ato-festa", com música e venda de espetinhos, e nesse "Ato-festa" defender a liberdade de expressão e repudiar a insistente repressão presente na UNESP. Na ocasião também estava acontecendo a greve dos funcionários das três universidades estaduais paulistas e o campus de Bauru foi um exemplo de mobilização e união em torno da pauta da qualidade de ensino e da ISONOMIA. Esse "Ato-festa" foi realizado também para apoiar, na prática, a mobilização da greve. Além de reivindicar agilidade nos processos de construção da Moradia Estudantil e Restaurante Universitário, que estão sendo mal-conduzidos pela Administração do campus e pela Reitoria, através de desculpas técnicas e responsabilização de outros órgãos, como CETESB e APLO.
Sabendo disse, o Grupo Administrativo do Campus (GAC) de Bauru, composto pelos três diretores das faculdades da UNESP-Bauru - a Faculdade de Ciências (FC), a Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação (FAAC) e a Faculdade de Engenharia (FEB) - chamou a polícia para que ela impossibilitasse o evento de ocorrer. Por volta das 22:00h da noite do referido dia, quatro viaturas da PM, incluindo um camburão e escoltadas pelo senhor José Munhoz diretor, da Divisão Técnica Administrativa (DTAd) do GAC, entram no campus e se dirigem a concentração de estudantes no Bosque, local do campus onde seria realizada o "Ato-festa". Num ato extremo de manobra política repressiva e sem haver nenhuma ocorrência, a PM é chamada para minar a mobilização que se iniciava. Mas foi inútil! Os estudantes ali presentes estavam conscientes dos seus diretos e juntos não permitiram que tal atitude subjugasse o Ato e assim decorreu, com duas plenárias com caráter de informação e debate sobre a Repressão na UNESP.
O "Ato-festa" foi político, informativo, consciente, pacífico, sem depredações nem ocorrências que justificassem a perda de tempo da PM que permaneceu no Bosque por aproximadamente duas horas sem fazer nada, com um camburão e um tenente presentes. Permitiu a muitos ali ver de perto o pensamento da UNESP sobre os estudantes, o que agora fica ainda mais claro. A repressão prossegue agora com a abertura de um PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR sobre os estudantes Diego Augusto dos Santos e Carmen Hannud Carballeda Adsuara, ambos do curso de Psicologia de Bauru e membros da Congregação da FC. Além deles também há o estudantes de pós-graduação Pedro Henrique Petri Xavier. Todos foram intimados a depor numa Comissão de Apuração, que tem a função de apurar se houve algo irregular no evento em questão. Mas vejam que lógica: O Senhor José Munhoz se incluiu na primeira plenária do Ato para tenter coagir os estudantes presentes a não realizar a mobilização e foi respondido com falas de repudio a sua postura autoritária perante o Ato. Mas, coincidentemente, só os nomes de dois que se manifestaram foram parar na apuração e justamente os dois que fazem parte da Congregação da FC. É muito simples ver que "escolheram" os nomes mais evidentes e os colocaram como se fossem réus e responsáveis por algo que um coletivo inteiro promoveu. Tenta-se usar de artifícios burocráticos para atacar e repreender o direito de transformar o espaço da universidade no que ele deve ser, vivo e efervecente, democrático, de idéias, ações, manifestações, etc.
Quarta-feira passada houve a notificação dos "indiciados" e sexta-feira próxima, dia 27/08, as 14:00h, no Departamento de Artes e Reprodução Gráfica da FAAC será a primeira reunião da comissão para ouvir os intimados. Nesta data o Movimento Estudantil chama um ato unificado contra a repressão e contra a perseguição política, pois está claro que é isso que está ocorrendo, uma "caça as bruxas" dentro da Universidade Pública! Isso fica ainda mais nítido quando se vê a composição da Comissão de apuração:
Prof. Dr. Luiz Antônio Vasques Hellmeister - docente do mesmo departamento do diretor da FAAC e presidente do GAC, Prof. Dr. Roberto Deganutti, além da secretária da comissão que é secretária do referido departamento;
Na comissão estão também a Profª. Drª. Vanilda Miziara Mello Chueiri - do Dpto. de Matemática e Prof. Dr. Luiz Gonzaga Campos Porto - da FEB. Ambos notórios reacionários da UNESP de Bauru.
E o presidente desta comissão é o Dr. Luiz Fernando Barcelos, enviado especial da reitoria, participante de várias perseguições políticas pela UNESP através de sua assessoria jurídica.
Esse é o quadro imposto à mobilização política de Bauru, reflexo da política adotada pela reitoria desta universidade. Agora é preciso do apoio da categoria dos estudantes do campus de Bauru através do ato sexta-feira, para que não se permita um retrocesso como esse. É preciso união entre estudantes e funcionários para acabar com essas atitudes autoritárias. Agora é momento de unir forças e dizer NÃO À REPRESSÃO!!!
Se não lutarmos contra a punição arbitrária de alguns, mais e mais perderemos espaço dentro da Universidade, a portaria continuará a existir e a nos impedir de trazer eventos para a Unesp-Bauru, sejam eles culturais, acadêmicos, estudantis ou políticos!
Sexta-feira, 27.08.10!
Às 14hs.
Concentração em frente à biblioteca!
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